• 18 de maio, 2024 11:10

Escritor caririense lança livro ‘O Pequi da Chapada do Araripe’

ByTarso Araújo

out 13, 2021

Construído com sete capítulos que abordam os diferentes aspectos do pequi da Chapada do Araripe, fruto muito utilizado na culinária nordestina, o livro “O Pequi da Chapada do Araripe”, escrito pelo biólogo caririense Weverton Kariri, será lançado dia 30 de outubro. A obra conta com prefácio de Felicidade Caroline, e com um cordel de Zé da Cruz, cordelista que acompanhou desde a infância, a implantação da cultura do extrativismo do pequi na Serra do Araripe, especificamente na cidade de Jardim.

Inicialmente, o autor apresenta os fatos históricos dessa espécie emblemática da região do Cariri cearense, destacando nomes de figuras importantes que passaram pelo Sul do Ceará e que de alguma forma apresentaram interação com a árvore frutífera. Dentre esses, o médico e botânico inglês, George Gardner, que ao passar pela Vila Real de Crato, em meados do século XIX, destacou o uso medicinal e culinário dos frutos, bem como o uso da madeira para a construção de moinhos.

Weverton destaca a importância cultural e socioeconômica do pequi na região do Cariri, principalmente das populações que vivem em torno da Chapada do Araripe. Nessa seção, é possível observar todo o processo que envolve o extrativismo da espécie, desde o assentamento de famílias em acampamentos, até a venda dos produtos, sejam eles os frutos in natura ou o óleo da espécie.

No final do livro o autor alerta para a conservação da espécie, visto que esta espécie é ameaçada de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Essas ameaças são oriundas, principalmente, de pressões antrópicas, como por exemplo a alta demanda de frutos, além da fragmentação dos hábitats naturais por meio de queimadas. Associado a estes fatores, essa espécie apresenta uma germinação lenta. Devido à dormência presente nas sementes, estas podem levar em torno de um ano para germinar.

Na sua obra de estreia é possível notar que o autor não destaca a sua própria imagem. Ele frisa que prefere ocultar seu rosto diante de um mundo extremamente midiático, chegando a afirmar: “Eu simplesmente gosto de ser uma obra e não um rosto”.

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