• 18 de maio, 2024 13:46

Os significados da morte das livrarias de Fortaleza. Por Acrísio Sena

ByTarso Araújo

out 11, 2021

foto: reprodução

Por Acrísio Sena
Deputado estadual (PT-CE) e vice-presidente da Comissão de Educação e de Cultura e Esporte da ALECE

Causou indignação o anúncio do fechamento da Livraria Cultura. Não é um caso isolado. As livrarias estão morrendo em Fortaleza. Como bem disse a articulista Juliana Diniz, quando uma livraria desaparece, vai embora todo um circuito de leitores – presentes e futuros.

A cidade fica culturalmente mais pobre. Não se trata apenas de mudanças no mercado editorial, crise econômica ou o preço dos produtos culturais.

A dura realidade é que Fortaleza, a cidade que, segundo o IBGE, possui o maior PIB do Nordeste, ostenta também as marcas de uma elite iletrada, sem apreço pelo patrimônio cultural, desconectada das raízes e da identidade da cidade, sem interesse em investir em uma cidadania com os livros.

Uma elite que omite a presença dos negros e das populações tradicionais na construção da nossa história.

E assim, ao celebrarmos o dia nacional da leitura (12/10), vamos vivendo em um espaço sem livrarias, como bem disse o escritor argentino Jorge Luis Borges, um verdadeiro “deserto da imaginação”.

 

 

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