COLUNA TRIBUNA SINDICAL
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O trabalhador brasileiro vive hoje um drama. A renda da imensa maioria da população vem caindo. Desde o início da tal era Bolsonaro a decisão do governo foi achatar salários, retirar direitos dos trabalhadores, cortar investimentos públicos e diminuir e às vezes até mesmo extinguir programas sociais.
O resultado não poderia deixar de ser outro senão a ampliação do desemprego, a ampliação da fome, o retorno do Brasil ao mapa da fome, cerca de 19 milhões de brasileiros na miséria, além do quadro de desagregação das famílias pobres perdendo renda, diminuindo inclusive o consumo de pão, carne, leite, arroz e feijão.
Outro resultado da política econômica do governo Bolsonaro que atinge os trabalhadores é que hoje nosso país tem um número recorde de 30,2 milhões de trabalhadores remunerados com até um salário mínimo (R$ 1,1 mil) por mês, o que equivale a 34,4% do total ocupado no país. O percentual também é o mais alto já apurado desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, em 2012.
O cenário se complica ainda mais para os trabalhadores quando são considerados os efeitos da inflação no salário mínimo. De acordo com o Dieese, o custo da cesta básica subiu em 13 das 17 capitais pesquisadas em agosto. No período de 12 meses, a cesta subiu em todas, com aumentos que variaram entre 11,90%, em Recife, e 34,13%, em Brasília.
Ainda de acordo com a entidade, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em agosto, 55,93% do salário mínimo líquido, já descontada a contribuição previdenciária, para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.
Outros dados chamam a atenção e mostram o quadro difícil para o trabalhador brasileiro. Pesquisa recente do Datafolha aponta que 85% dos brasileiros reduziram a compra de alguns itens alimentícios.O destaque é para a carne de boi: 67% dizem que cortaram o consumo deste produto. Até 51% da população deixou também de comprar refrigerantes e sucos e 46% das pessoas cortaram leite, queijo e iogurte. Os entrevistados também reduziram o consumo do pão francês, de forma, e outras variedades que aparecem na pesquisa em 41%.
Esses dados do Datafolha reforçam o levantamento do Dieese que, desde o ano passado, registra aumento no preço dos alimentos pelo povo.. Em 12 meses, a cesta subiu em pelo menos 14 capitais pesquisadas, com aumentos que oscilaram de 11,90%, em Recife, a 34,13% em Brasília. Para o diretor adjunto da entidade, José Silvestre, as pesquisas “constatam o descontrole por parte do governo em relação à trajetória da inflação brasileira”.
(Com informações do site Rede Brasil Atual)
Foto: site G1