COLUNA PANORAMA POLÍTICO
POR TARSO ARAÚJO
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
O Brasil está entre a democracia e o fascismo
Não tem conversa fiada que faça muita diferença no momento atual. Está bom de todos pararem e perceberem que o Brasil está numa encruzilhada em que fomos levados por nossa elite ignorante e violenta e agora está entre apenas dois caminhos: ou consolidamos a democracia ou caímos no infernal abismo do fascismo.
De um lado temos os partidos de esquerda, os movimentos sociais e populares, os movimento sindicais, indígenas, LGBT, a mulheres, os movimentos populares da Igreja, a sociedade de forma geral que pensa, que luta, que reage à toda essa situação e de outro lado a elite que estimulou o fascismo e não tem dúvidas de como será em 2022.
A ascensão de Bolsonaro à presidência da República elevou o fascismo e agora está cada vez mais difícil a direita brasileira consolidar a sonhada terceira via.
A terceira via para vingar terá primeiro que destruir ou Lula e as esquerdas ou o fascista que preside nossa república.
Ao mesmo tempo, Bolsonaro joga com suas armas. Sabe que vai ter eleição ano que vem, e se prepara para isso. Vai jogar mais suja do que nunca e não vai ser fácil derrota-lo.
O que pode atrapalhar esse projeto fascista é a reação da população mais pobre, do trabalhador brasileiro que vive na pele o desemprego, a queda em sua renda e a miséria e pobreza se agudizando.
A esquerda e a centro-esquerda incluindo democratas, trabalhistas, movimentos, e por aí vai tem apenas uma alternativa: ampliar as lutas contra o governo fascista, convocar as mobilizações e fazer uma forte pressão popular.
No campo eleitoral se chegarmos em 2022 lançar uma candidatura apenas e no primeiro turno para garantir chegar no segundo turno.
“Ah, mas o Lula já está o segundo turno.”. Acho esse argumento frágil por tudo o que temos visto no Brasil nas últimas décadas, inclusive em 1994 quando Lula estava disparada nas pesquisas e nem segundo turno teve, perdendo Lula para FHC.
Portanto, cabe dizer que o dia 2 de outubro tem que ser o dia do início (e/ou continuação) da ampla luta pelo derrota do fascismo, pela consolidação das lutas contra ao governo Bolsonaro, pelo fora Bolsonaro e por externar as bandeiras do povo: comida, vacina, emprego e fora Bolsonaro.
Ao mesmo tempo, o campo progressista tem que ter a capacidade de ampliar seu campo, deixar clara suas ideias para o Brasil, para os trabalhadores e ao povo pobre e ir à luta.
O fascismo arma seu golpes, suas violências, arma seu gabinete do ódio com um nível de fake news jamais visto antes.
É preciso a luta para consolidar as instituições e uma forte cobrança e pressão para que essas instituições funcionem.