COLUNA PANORAMA POLÍTICO
POR TARSO ARAÚJO
PUBLICADA NO JORNAL LEIA SEMPRE
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Quando o sanguinário ditador Adolph Hitler chamou à Alemanha para uma guerra e, antas, quando ele chegou ao poder prometendo uma Alemanha pura e segura para os alemães, ninguém imaginou (ou não quiseram imaginar) que estavam dando poder a um lunático que tinha o sonho da raça pura e para isso moveria uma guerra que terminaria da na morte de 60 milhões de pessoas, dentre elas, 6 milhões de judeus.
Caso os alemães nazistas tivessem vencido a segunda guerra mundial alguma surpresa que os judeus poderiam ter sido dizimados da terra, assim como ciganos e gente incômoda aos nazistas? Hitler contemplava sua obra e tinha a mais absoluta certeza que nada tinha sido feito apenas por ele.
Hitler precisou de apoio. Apoio para destruir as instituições, perseguir trabalhadores, a imprensa, os judeus, esmagar as resistências democráticas, desmoralizar e destruir o judiciário e impor seu regime de terror.
O Brasil de Bolsonaro, pelo menos para o atual presidente da República seria um sonho o atual governante ter os poderes que Hitler teve para esmagar quem se opusesse aos seus sonhos. Hitler quase destruiu o mundo mas teve apoio, patrocínio, gente chamando ele de mito, mestre, senhor e até deus.
Teve gente maluca que dedurava seus irmãos e parentes que se “desviassem” do ideal e da doutrina nazista.
Cuidado para o Brasil não estar construindo com Bolsonaro e seus seguidores, um verde amarelo que vai desbotar para as cores do ideal nazista.
O bolsonarismo que hoje nós observamos no Brasil, que vai às ruas no dia da nossa independência para agredir, ameaçar os opositores de morte e de golpes de estado, que quer o fechamento do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, quer o fechamento do regime para colocar Bolsonaro no poder de forma absoluta tem raiz e é fundamentando no nazismo
Estamos diante de um momento perigoso e beligerante. Nesta última quarta-feira, 8, militantes bolsonaristas perseguiram jornalistas da CNN para agredi-los. Foram contidos por seguranças do Ministério da Saúde.
É comum em grupos de whatsapp, em redes sociais como Twitter, Facebook e Instagram grupos e militantes bolsonaristas partirem para agressões, xingamentos, palavrões e ameaças como forma de intimidar pessoas e grupos que se opõem ao Bolsonaro.
Ameaçam, xingam e se sentem acima de lei e impunes. Quando confrontados pela lei pedem apoio da constituição que querem rasgar e do STF que querem fechar.
A sociedade brasileira precisa conter o avanço do neonazismo brasileiro agora espelhado na figura de Jair Bolsonaro que estimula todo tipo de comportamento beligerante, violento, de um grupo político que utiliza as fake news como arma política e ideológica para confundir, ameaçar, destruir reputações e tentar influenciar pessoas comuns de que eles são os salvadores do Brasil.
As instituições precisam barrar o avanço desse neonazismo tupiniquim que quer destruí o sistema legal, as instituições democráticas, impor um pensamento único e destruir a alma do povo brasileiro.
Nunca estivemos numa situação tão complicada. Mas acreditamos que as instituições, a sociedade organizada, juntos darão um basta tanto em Bolsonaro como no bolsonarismo que defende o armamento e sequer apresenta no governo atual uma política para gerar emprego e renda para a população.
Ou o Brasil se une contra a barbárie ou a barbárie toma conta do Brasil. Para barrar esse neonazismo somente a união de todos, democratas, movimentos sociais, populares, sindicais, os partidos políticos democráticos, os artistas, intelectuais, a juventude, as instituições da democracia, os poderes unidos contra uma horda que tentou várias vezes invadir o STF no último 7 de setembro.
O Brasil para esses grupos pode ser sem lei, mas na realidade o Brasil é um país onde as instituições ainda funcionam e estão alertas contra o obscurantismo bolsonarista.
