EDITORIAL
O SILÊNCIO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COM O EDUCADOR PAULO FREIRE
É querer demais do Governo de Jair Bolsonaro (sem partido) que entenda quem foi Paulo Freire, sua importância para a educação brasileira e a pedagogia mundial.
Um governo que tem como ministro um sujeito que diz que universidade não é para todos e que crianças com necessidades especiais atrapalham, então, nada mais esperar de um governo formado por pessoas com rara inteligência, competência e conhecimento.
Paulo Freire é um professor, educador, escritor e filósofo brasileiro que honrou nosso País. É considerado um dos pensadores mais importantes da história da educação no mundo e é nosso patrono da educação.
Lógico que Bolsonaro, pessoa que não sabe sequer interpretar um texto irá gostar ou entender Paulo Freire que com sua pedagogia do oprimido propunha uma educação libertadora.
Paulo Freire se vivo fosse completaria 100 anos agora no dia 19 de setembro, e, lógico o Ministério da Educação não fala em nenhum tipo de homenagem ao patrono da educação brasileira.
Mas, independentemente do governo Bolsonaro que logo vai passar, a sociedade brasileira precisa se unir em torno dessa figura, explicar aos mais jovens quem foi esse senhor que é um dos brasileiros mais estudados e homenageados em universidades no mundo inteiro.
Autor de vários trabalhos, Paulo Freire nos deixou “A Pedagogia do oprimido” um livro que propõe um método de alfabetização dialético, se diferenciou do “vanguardismo” dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático.
Paulo Freire foi homenageado com 35 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades da Europa, dos Estados Unidos, da América Latina e recebeu o prêmio da UNESCO de Educação para a Paz em 1986. No dia 13 de abril de 2012 foi sancionada a Lei nº 12.612, que declara o educador Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira.
O bolsonarismo combate Paulo Freire por ser um movimento político reacionário, negacionista e querer impor uma educação idiotizante. Paulo Freire é o oposto disso, pois significa o símbolo da inteligência e da busca por uma sociedade mais justa.