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Grande Sertão faz releitura de Guimarães Rosa em cenário pós-urbano

ByTarso Araújo

jun 8, 2024

Estreou nos cinemas do Brasil o filme “Grande Sertão”, uma adaptação da obra literária de Guimarães Rosa, “Grande Sertão: Veredas”, de 1956 – uma das maiores obras da literatura nacional. Na história contada nas telonas pelo diretor Guel Arraes (O Auto da Compadecida), estrelado por Caio Blat (Riobaldo) e Luisa Arraes (Diadorim), a realidade urbana atual se mistura com a inventividade de Rosa para mostrar o conflito da polícia contra criminosos em uma favela com o nome que dá título ao filme.

A estética utilizada se vale de elementos considerados de um futuro distópico (ou nem tanto), ou mesmo de uma realidade pós-urbana (com o antigo e o novo) dentro de um espaço de cisão em que a periferia tem seu próprio funcionamento a partir da imposição neoliberal.

Em coletiva para jornalistas, o diretor pondera que o filme visa trazer novos pontos de vista sobre o conflito urbano, incluindo o dos bandidos. Nesse sentido, deixa de lado o rótulo da crítica de “favela movie” em que o cenário periférico de tráfico e violência se torna o protagonista.

O roteiro assinado por Arraes com Jorge Furtado (O homem que copiava) narra o envolvimento do professor Riobaldo com o crime para se aproximar de Diadorim.

A “luta entre policiais e bandidos assume ares de guerra e traz à tona questões como lealdade e traição, vida e morte, amor e coragem, Deus e o diabo”, coloca a sinopse. Ainda estão no elenco Rodrigo Lombardi (Joca Ramiro), Luiz Miranda (Zé Bebelo), Eduardo Sterblitch (Hermógenes), Mariana Nunes (Otacília) e Luellen de Castro (Nhorinhá).

Publicado no Portal Vermelho

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